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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Fanatismo

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim, enlouquecido...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

«Tudo no mundo é frágil, tudo passa...»
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, de olhos postos em ti, digo de rastos:
«Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Eterna!"


Florbela Espanca (1894-1930)

2 Relinchares:

Anónimo disse...

Viva a Florbela Espanca :)

Angelo disse...

Espanca mas nao morde xD